
Em consenso com todos os elementos da equipa apostamos numa visita ao concelho de Vieira do Minho, onde o primeiro ponto de paragem foi o Posto de Turismo. Lá fomos imediatamente atendidas pela Dra. Elisabete, a qual nos mostrou a sua total disponibilidade e com a qual já tínhamos, previamente, entrado em contacto, via e-mail, para a realização desta mesma viagem de estudo. Neste continha a proposta do programa da visita, assim como também a referência à oferta de transporte por parte do município para realização desta mesma.
Á hora combinada, 09h50, foi-nos apresentado pela Dra. Elisabete, o motorista/guia nesta viagem – Sr. José Lima, da seguinte forma - "chegou o vosso motorista (sorrisos), Sr. José Lima, é ele que vos irá levar a passear por esta linda terra. Tragam-no de volta por favor! (risos) "
De seguida, dirigimo-nos ao centro da vila, onde nos foi apontado "o homem e a cabra", o chafariz das freguesias e o tommy, em que houve tempo para fotografias e algumas brincadeiras. A partir desta última paragem, já se avistava uma grande casa, toda em pedra, uma "Sra. Casa" – Casa Museu Adelino Ângelo. Sendo um edifício emblemático e a sua localização pertencer a um ambiente convidativo, rapidamente viajamos no tempo e na imaginação. Um símbolo da riqueza patrimonial deste concelho com certeza. Aqui podemos apreciar a casa de assinaláveis dimensões, conhecer a história envolvente, o "tesouro" que a preenchia e as exposições de pintura. Muitas fotografias para recordar cada pormenor.
Momentos mais tarde, seguimos em direção à Serradela e à estrada aos "SS" que demonstrou ser interminável. "Chegamos ao destino", o ar puro que se fazia sentir, o cheiro a liberdade, a paz, o verde da serra que nos envolvia, indescritível, fantástico, e depois da subida ao Miradouro, avistava-se o concelho rodeado de verde, de montanhas, o chilrear dos passarinhos, os grilos, o coaxar das rãs que nos diziam que existiam praias fluviais não muito distantes.
Em modo de regresso à vila, fizemos uma paragem ao Parque de Campismo da Cabreira - localizado num sossego, numa paz cada vez mais desejável no quotidiano, rodeado de um ribeiro, - até que fomos interrompidas do som da água correr, por uma voz que nos abordava - " As Sras. andam a passear? Não são de cá?! Mas já vi que são boas pessoas" – tratava-se de uma voz masculina. Um senhor de alguma idade ali presente interpelou-nos desta forma. Momentos fantásticos. Muitos risos e muitas gargalhadas preencheram este momento.
Hora do almoço e o corpo já pedia reforço. Alimento e uma dose de energia. "Casa Pancada" foi a escolha do restaurante e como opção de almoço - rojões com papas de sarrabulho. Para finalizar um pudim como sobremesa. Delicioso, tudo maravilhoso. Um momento de descanso também, o calor que se fazia sentir deixava-nos o corpo mole e desgastado e ainda nos faltava uma outra parte para descobrir, por isso e sem mais demoras, recompuséssemos, ganhamos forças e demos continuidade ao programado.
Ilha do Ermal foi a seguinte paragem. Aqui uma estância de Telesky fazia parte do cenário. Estávamos perante a "praia" de Vieira do Minho, aquela que arrasta multidões na época balnear. Contornando-a, e alguns quilómetros depois, avistava-se uma capela feita num penedo. O percurso com penedos ingremes deu lugar de destaque a esta paisagem. Mas não só. As escadas em madeira que nos destinavam ao Miradouro também.
Após um grande esforço e algumas risadas, chegamos ao ponto mais alto - a Serra da Cabreira. Ali e aquele vento que se fazia sentir, parecia uma dádiva naquele momento. Depois de um curto descanso descemos todas aquelas escadas e, a pouco tempo de darmos término à nossa visita, a caminho daquele que foi o nosso ponto de encontro, fizemos uma paragem no Parque Florestal. Uma relíquia rodeada e composta pela natureza. Uma vontade de parar e ali ficar a olhar o “nada”. Assim sendo, e de regresso ao Posto de Turismo, acabamos por confessar o dia maravilhoso que nos foi proporcionado.
Terminamos agradecendo a hospitalidade, a disponibilidade e a amabilidade que houve de todos para connosco e apesar de as horas terem virado segundos, a verdade é que toda a equipa estava fascinada com o que acabara de ver, conhecer.