
“Crítica Feminista da Ciência e Tecnologia”
A minha leitura recai sobre o quarto capítulo do livro Currículo e tecnologia Educativa volume 3, sobre o qual farei um breve resumo.
Palavras-chave: Feminista; tecnologia educativa; ciência e valores.
Neste capítulo, a autora faz referência à neutralidade em que as mulheres viveram, defendendo que a tecnologia não foi feita nem pensada para elas. Questiona-se se a tecnologia solta as mulheres e incita a paridade ou se pelo contrário fortifica as divisões sexuais na sociedade. O dilema está no abarcamento da tecnologia do lado dos homens, ou ela está intrínseca nos mesmos? A partir destas questões a autora investiga o embate da tecnologia nas vidas das mulheres atualmente.
Os modelos populares definem as mulheres tecnologicamente incapacitadas ou ocultas no círculo prático. Wajcman, alega que o reconhecimento entre homens e máquinas não é inalterável, mas sim o benefício de métodos ideológicos e civilizacionais. No momento em que analisa a literatura sociológica e feminista sobre tecnologia realça a obliquidade masculina pela forma que é definida e desenvolvida.
Na última década muito se tem debatido o tema tecnologia e mudança social. Se por um lado permite às mulheres libertar-se de uma gravidez não desejada, do trabalho doméstico e do trabalho rotineiro renumerado, por outro lado defendem que as generalidades das tecnologias são aniquiladoras e autocratas para a mulher. “O modelo corrente de relação entre ciência e tecnologia caracteriza a ciência e a tecnologia como subculturas distinguíveis numa relação simétrica interativa” (p.90).
Os tributos da mulher foram abundantemente deixados à parte da história tecnológica pois durante a revolução industrial muitas foram as máquinas inventadas por mulheres (descaroçador de algodão, maquina de costura, o pequeno motor elétrico, a ceifa ou o tear), contudo, as patentes foram registadas pelos próprios maridos, não lhe sendo permitido direitos de propriedades. “Ao mesmo tempo era negado às mulheres o acesso à educação e especificamente à fundamentação teórica em matemática e mecânica sobre a qual muitas das invenções e inovações deste período se baseavam” (p.92). Afastando-as para os bordados e a música num contexto de educação não formal. No entanto e em especial as mulheres negras foram pioneiras em invenções tais como, pau de escavar, a funda de carregamento, a faca e a foice, os pilões e os vasos de trituração, a partir dos quais, Autumn Stanley (1993) inclui a mulher na agricultura e na horticultura com os primeiros métodos de irrigação, a polinização manual, os enxertos assim como o arado e a enxada. Atribuindo assim ao preconceito masculino de ignorarem as qualidades femininas para a invenção.
Comentário pessoal
A minha opinião, vai muito de encontro com a autora, pois, reflete bem o que ainda hoje vemos nas direções de grandes empresas, nos parlamentos por todo o mundo, na investigação científica e também na discrepância entre salários entre homens e mulheres. Nesta leitura tomei conhecimento de algumas situações que me eram desconhecidas, como por exemplo a falta de nomes femininos no registo de patentes pelo sexo feminino.
Referências bibliográficas:
Wajcman, J. (2012). Crítica Feminista da Ciência e Tecnologia. In J. M. Paraskeva & L. R. Oliveira (Eds.) Currículo e Tecnologia Educativa. Volume 3. Mangualde: Edições Pedago. Pp. 73 – 103.
Legenda 1: Judy Wajcman
Professora de Sociologia na Escola de Pesquisa de Ciências Sociais da Universidade Nacional da Austrália. Foi Professora Visitante no Centro Lehman Brothers para Mulheres em Negócios na London Business School e no Oxford Internet Institute. Ocupou cargos em Cambridge, Edimburgo, Manchester, Sydney, Tóquio, Viena, Warwick e Zurique. Ela também foi Visiting Fellow em All Souls College, Oxford. Ela foi a primeira mulher do St. John's College, em Cambridge (Norman Laski Research Fellow 1978-80).
Presidente (2010-2011) da Sociedade de Estudos Sociais da Ciência, e ainda se senta em seu Comitê de Manual
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Judy_Wajcman

Professora de Sociologia na Escola de Pesquisa de Ciências Sociais da Universidade Nacional da Austrália. Foi Professora Visitante no Centro Lehman Brothers para Mulheres em Negócios na London Business School e no Oxford Internet Institute. Ocupou cargos em Cambridge, Edimburgo, Manchester, Sydney, Tóquio, Viena, Warwick e Zurique. Ela também foi Visiting Fellow em All Souls College, Oxford. Ela foi a primeira mulher do St. John's College, em Cambridge (Norman Laski Research Fellow 1978-80).
Presidente (2010-2011) da Sociedade de Estudos Sociais da Ciência, e ainda se senta em seu Comitê de Manual
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Judy_Wajcman
